Que uma mulher pode nunca nada Isto eu já sei É o grito da Dona moral Todo dia no ouvido da gente É que eu estou pela vida na luta Eu também sei E meu caminho eu faço Nem quero saber que me digam dessa lei Porque já sofri, já chorei, já amei Vou sofrer, vou chorar e voltar a amar Porque já dormi, já sonhei e acordei E vou dormir, vou sonhar, pois eu nunca cansei É que sinto exatamente Aquilo que sente qualquer um que respira Uma perna de calça Não dá mais direito a ninguém De transar o que seja viver E por isso eu prossigo e quero E grito no ouvido dessa tal de dona moral Que uma mulher pode nunca é deixar De ser e fazer e acontecer