Final de Seca

Prás bandas do poente, ergueu-se uma barra Calou-se a cigarra, assim de repente E um som diferente, ponteou de guitarra Bis Lá longe bem longe, faísca e troveja Silêncio de igreja, com ecos de bronze Nas preces do monge, no amém do assim seja Bis (Tropeando a lonjura, o tempo que berra Farejo mais serra que o vento procura E a chuva madura tras cheiro de terra E a chuva madura tras cheiro de terra O tempo desaba, o mundo se adoça Na água que empoça, mais mansa ou mais braba A seca se acaba, e tudo remoça A seca se acaba, e tudo remoça) Int. Nas almas sedentas, não é diferente As barras do poente, que se erguem violentas Depois das tormentas, acalmam a gente Bis Se as safras perdidas, tivessem gargantas Podiam ser santas, da searas da vida São tão parecidas, as almas e as plantas Bis ( ) A seca se acaba, e tudo remoça A seca se acaba, e tudo remoça