Inquieta incerteza que carrego aqui dentro A frieza do relógio é a angústia sobre o tempo Passo preso ao chão toda a calma se derrama Sensível eu escuto uma voz longe me chama E logo apaga a chama que eu finjo acreditar Se não é o desejo é difícil aceitar Leio os seus poemas que deixou, são nobres Mas o que os fazem nobres são as rimas pobres A minha saudade que me traz o perto O ponteiro em passos lentos é o que me faz disperto E logo acaba o perto que eu finjo acreditar Mas tão desejado que é tão fácil aceitar (2x) Desde que saiu pela porta inquieta incerteza se abrigou Não sei se volta ou se não volta, até agora como o tempo não voltou Acreditar é disfarçar o que eu sinto, você não volta, mas eu pressinto Inquieta incerteza que carrego aqui dentro