Intro Quase sem forças e com a vista fraquejando, já não podendo a natureza admirar velho carreiro em pensamento relembrando, as coisas lindas que no campo viu passar Assim lembrando as empreitadas das boiadas, que no sertão com seu cavalo atravessou e recordando os companheiros de estradas, salvando as rezes pelos rios que cruzou Daquele tempo só sobrou da sua tralha, algumas coisas que nos anos não deu fim como na mente a lembrança as vezes falha, dos vilarejos já não se lembrava assim Lembra o toque do berrante que chamando, juntava os bois pra mais um dia de jornada nem dando conta que o tempo passou voando, e já não mais está na lida pela estrada O boiadeiro quando ouve uma buzina, de uma carreta com os bois lá do sertão sente saudades do que fora sua sina, e um forte aperto dentro do seu coração Aquele tempo que passou deixou saudades, que um grande herói pelos atalhos do rincão levou progresso por várias cidades, e ajudou a construir nossa nação Hoje vivendo apenas da lembrança pouca, esse guerreiro sem medalha sente agora no pensamento uma saudade louca, daqueles tempos vividos em outrora.