Duas luas entre galhos secos Olhos bem arregalados vêem A coruja olha cantando Tem cabelo arrepiando, tem Com medo não quer ter, o impulso de sonhar Pra tudo acabar, sem querer saber Quando a noite cai, num cavalo sai No escuro vai surgindo, Cemitério está sorrindo Medo no caminho, nuvens vão se abrindo O seu culto vai cumprindo, toda noite repetindo Solo: Cemitério, o "véio tá" passando Molecada vai sumindo ao léu Calça velha, curta e assustada O nariz é a direção do céu Com medo não quer ter, o impulso de sonhar Pra tudo acabar, sem querer saber Quando a noite cai, num cavalo sai No escuro vai surgindo, Cemitério está sorrindo Medo no caminho, nuvens vão se abrindo O seu culto vai cumprindo, toda noite repetindo