Introdução: Eh, irmão... eh! Irmão Eu sou nascidos das veredas do sertão Eh! Irmão... Eh! Irmão Eu sou valente, eu sou filho de peão. Por aquelas cercanias Muitas léguas percorria no meu belo alazão Labirintos e enredos Eu tomava por brinquedo dentro da escuridão. A pintada amoitada Eu pegava de emboscada sem levar um aranhão Cavalgava noite inteira Sem perder a estribeira, sem temer assombração. Dentro desses minhas veias Corre sangue coma areia do bendito chão caboclo O meu pai em ensinou Fazer tudo com amor mas se preciso, dar o troco. Quando meu filho crescer Quero vê-lo aprender o que meu pai me ensinou Quando eu em aposentar Pra ele quero deixar o laço do seu amor. Nos cerrados, nas Campinas Eu mostrava minha ginga ao laçar um boi matreiro Se aboiada estourava Num instante eu ajuntava por eu ser bom boiadeiro De uma coisa eu ando certo Mesmo longe eu estou perto daquele tempo que foi... Quando por Deus eu for chamado Eu quero ser transportado num velho carro de boi.