Intr. São três machos e uma fêmea, por sinal Maria, que com todos se parecia Todos de olhar esperto para ver de perto quem de muito longe é quem vinha Filhos de dois juramentos todos dois sangrentos, em noite clarinha Ê, ah, ôôôô, o João Quebra-Tôco, Mané Quindim, Lourenço e Maria Noite alta de silêncio e lua, Serafim o bom pastor de casa saía Dos quatro meninos dois levavam rifles outros dois levavam fumo e farinha Bandoleiros pelos campos verdes Don Quixotes, de nuestro desierto Ê, ah, ôôôô, Serafim bom de corte, Mané, João, Lourenço e Maria Mas o tal Lourenço dos quatro o mais novo era quem dos quatro tudo sabia Resolveu dexar o bando e partir pra longe onde ninguém lhe conhecia Serafim jurou vingança: filho meu não dança, conforme a dança Ê, ah, ôôôô, e mataram Lourenço, em noite alta de lua mansa Todo mundo dessas redondezas conta que o tal Lourenço não deu sossêgo Fez cair na vida sua irmã Maria e os outro dois matou só de medo Serafim depois que viu o filho lobisomem, perdeu o juízo Ê, ah, ôôôô, e morreu sete vezes, até abrir caminho pro paraíso.