Artista Marginal

Liahonna

(esse riff é tocado durante toda a música) E|-------------x-------------------x-------------| B|---9-----6---x-6-------4-----1---x-1-----------| G|-------------x-------------------x-------------| D|-------------x-------------------x-------------| (2x) A|8------------x-----3-------------x-----8-------| E|6----6-------x---6\1-----1-------x---1/6-------| Blitz na rua de trás, é mal sinal! Pararam um motoqueiro bem em frente ao farol Clebim chegando pra "trampar" mas hoje não vai dar - Aqui ta fechado? - É, vaza rapá! Mas como voltar agora sem dinheiro no bolso, Pro seu pai poder pagar o dono do morro? Chorando, então ele senta na calçada e pensa um instante Suficiente pra ver uma prisão em flagrante O motoqueiro abordado era o famoso traficante "Cláudio" E o moleque ouviu ele falar bem alto: - Se tu me levar agora a minha filha cresce só! - Cala a boca! Sem você ela ta bem melhor! - O que é uma sacola de pó pro nosso pobre Brasil? Eu dou pro "cê" e pro seu parceiro, na mão, cinco mil... - Aí meu irmão, "cê" dançou! Tem uma cela te aguardando... E além do mais, eu nem sei porque que ainda to conversando... Se tivesse na minha mão eu te jogava na rapa... Te levava pro nada... E DESCARREGAVA!!! E ninguém ia dar falta dessa praga... Que alicia as crianças e acaba com a esperança de um futuro melhor... de um futuro melhor - hã... cole que é neguim!? Pô... tenha dó! Se eu morrer "cê" sabe que vem outro pior! Porque o crime é um sistema que evolui por si só... Igual viciado em crack ou cheirador de pó - Aí, cala a boca Cláudio! Aqui não tem mais conversa Agora entra na rapa que a ilha te espera! O dia morrendo e a cidade fede Zumbis Parece sena de Walking Dead Por toda parte Por culpa do crack Aqui muitos já estão em xeque-mate - mas pera ai doidão... né tudo bem assim não! Porque o sistema usa a droga pra tirar sua atenção! Se esse veneno ta nas ruas é algo óbvio e sério Tem algum filha da pura reinando nesse império E eu não to falando daquele pé de chinelo Que termina aleijado, preso ou no cemitério - é triste ver que o Estado manipula o Braço Armado para perseguir: Preto, pobre e favelado! E vem arrombado por a culpa no fardado Que é um pobre Zé Coitado, marionete do Estado - E o verdadeiro vilão tu não vai nem ouvir falar Ta acima da política! De avião particular! De bobeira em um luxuoso iate, rodeado de biscates às custas da sociedade... - essa é a mais pura verdade! - Enquanto o neguim ta lá no farol... De noite passa frio, cobertor de jornal O mesmo jornal com informação manipulada Muito bem estruturada pra alienar a massa que passa de loja em loja mas sempre querendo mais uma dose de alegria em bem materiais tenha vergonha de ostentar enquanto uns tem tão pouco a sociedade adoeceu?! Ou o mundo ficou louco? Olha o menino no farol... Farooooooool Com suas claves girando" prum" lado, pro outro e ninguém da moral Mais um artista marginal Tentando existir Buscando encontrar a força no seu peito para prosseguir! Prosseguir! E eu to sendo roubado em diferentes setores da sociedade E isso é trágico Eu to falando de serviços básicos: Transporte, segurança, educação E sem contar os outros não citados nessa ocasião Mas dessem mais valor pra arte Ainda há tempo ou será que é muito tarde? Quantos moleques com talento Dormindo no sereno Ódio acumulado, enraizado lá dentro Aí ta pronto ai seu monstro, sociedade vai vendo! Não deu valor, agora prove do teu próprio veneno "Cês" riram dele no farol, não deram um troco e muito menos moral Haa! Mas o bom moço virou monstro e ta com a arma no seu rosto Agora chora! Implora! Quanto vale tua vida agora?! Você colaborou pra frustrar esse garoto Menos um artista... Mais um criminoso! Olha o menino no farol... Farooooooool Com suas claves girando" prum" lado, pro outro e ninguém da moral Mais um artista marginal Tentando existir Buscando encontrar a força no seu peito para prosseguir! Prosseguir! Enquanto a dor fala alto Futuro igual do Cláudio pro Clebim Que agora ta lá metendo um assalto Seu coração ta cinza, igual desse asfalto Que ele pinta com o sangue vermelho da vítima Então cresceu sem mãe e foi criado por um viciado de dar dó Que anos depois morreu por ta devendo pó E o assassino nem precisa dizer... - foi o Cláudio De quem agora Clebim é aliado A quem ele perdoou pela morte do seu pai Que o batia todo dia querendo alguns reais Enquanto o mundo gira essa é a Lei da periferia: X9 e devedor deve pagar com a vida! E esse menino que queria ser artista Agora ta famoso procurado por toda polícia Por ter tocado o terror lá na pista Hoje ele é galã do diário de noticias E o Clebim segue os passos do mestre Que o ensinou a viver a vida que merece E toda noite ele chora Faz a Deus sua prece Enquanto isso... A sociedade padece e apodrece! Olha o menino no farol... Farooooooool Com suas claves girando" prum" lado, pro outro e ninguém da moral Mais um artista marginal Tentando existir Buscando encontrar a força no seu peito para prosseguir! Prosseguir!

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